quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Privilégio de uma Geração


Crescemos ao som de vozes enaltecendo o passado. Uma época de ouro, com os melhores filmes, as maiores bandas, os melhores atletas, foi o que sempre li e ouvi. Definitivamente uma mistura de orgulho e nostalgia que é reflexo de um dos ditados mais populares e verdadeiros da história: só damos valor às coisas depois que elas se vão. Sempre fui um contestador deste fato. E hoje tenho um forte aliado para isso: Roger Federer.

Matematicamente ele pode ser considerado o melhor tenista da história. Mas isso é pouco para o suiço. Ele caminha para se tornar o jogador mais versátil e perfeito da história deste esporte. Dentro e fora das quadras. Um atleta saudável, caráter exemplar. E um verdadeiro exterminador quando entra em competição. Seus golpes são uma mistura de beleza e crueldade ímpar. É fácil o espectador se pegar rindo sozinho após o suiço vencer um ponto, tamanha a facilidade com que ele joga (ou seria ensina?) esse esporte tão complexo como o tênis. Seus adversários o admiram não mais do que o temem. E devem sempre se perguntar: “por que não nasci 15 anos antes ou depois?” (se bem que, se nascessem antes, talvez também se lamentassem, diria um certo Pete Sampras). O fato é que Roger Federer tem 28 anos e está no auge. E estamos aqui eu, você, pessoas de 8 a 80 anos, vendo esta lenda jogar. Seja ao vivo ou na TV.

Não sei se algum dia ele fechará o Grand Slam no mesmo ano, se baterá o número de títulos de Jimmy Connors ou se parará de jogar amanhã. Mas tenho uma certeza: meus filhos vão ler e ouvir muito sobre o suiço. E, quando eles imaginarem cada golpe, cada vitória, cada título deste homem, um único som virá às suas mentes. O som de aplausos.

1 comentários:

Anônimo disse...

Assim como Pete Sampras ontem e Roger Federer hoje,dentro das quadras, parece que neste bolg só tem craques das letras. Dentro e fora das quadras.
Beleza de texto Igor.